terça-feira, 27 de julho de 2010

Teatro para a droga sair de cena

Comunicação Portal Social

Os alunos do Instituto Leonardo Murialdo não veem a hora de percorrer os palcos da cidade para mostrar seu talento como atores e também contribuir para que o crack saia de cena. Os ensaios uma vez por semana demonstram a vontade dos alunos de apresentar a peça além dos muros da escola.

O teatro integra o projeto Vida bem Vivida. Mas é por se destacar com um trabalho de prevenção muito mais abrangente, que inclui a profissionalização de jovens, aulas em turno integral e oficinas gratuitas, que o Murialdo é uma das 13 instituições do Estado selecionadas para receber doações da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho. O valor para conceber a montagem teatral e levá-la aos bairros foi orçado em R$ 17,6 mil.

“Ficou combinado que a gente arrecadaria uma parte e a outra metade a Fundação estaria colocando”, explica Elói Gallon, coordenador de projetos do Instituto Murialdo.

Dos R$ 16,5 mil destinados até agora ao Murialdo, metade é de doações da campanha Crack, Nem Pensar. O restante vem do que foi depositado nas urnas distribuídas nos núcleos do Murialdo na cidade e doado no site Portal Social.

Ainda faltam R$ 1,1 mil para o projeto sair do papel. O prazo para que as instituições consigam alcançar a meta de captação se encerraria no dia 30 de junho, mas foi estendido até 31 de julho.

“Muito provavelmente vamos atingir a meta na maioria das instituições e devemos alavancar cerca R$ 350 mil ao todo. O importante é que todas arrecadaram, mesmo que algumas não atinjam os 100%”, salienta Alceu Terra Nascimento, gerente-executivo da Fundação.

Alunos, pais, professores e a comunidade escolar do Murialdo se esforçam para fazer o projeto se difundir pela cidade com muito mais intensidade do que vêm se propagando as drogas.

“Estamos ansiosos para mostrar a quem pensa que drogas como crack nunca chegarão perto que estão em toda parte e atingem tanto pobres quanto ricos”, diz uma das atrizes da peça, Carla Maria Moura, 15 anos, da 8ª série.

Como será o espetáculo
Desde o início do ano letivo, 15 alunos do Instituto Murialdo trabalham na criação da peça, cujo título temporário é A Sociedade Ideal, dirigida pela professora de teatro Nilceia Kremer, 30 anos. A montagem, que está em fase de conclusão, vai misturar interpretação com técnicas circenses a fim de chamar atenção para a epidemia do crack.

“O tema que estamos abordando é amplo e atemporal para a construção de cidadania. O vício do crack não nasce ao acaso, ele é um processo cíclico e está interligado com diversos outros vícios de comportamento da sociedade, que vamos mostrar”, antecipa Nilceia.

A estreia do espetáculo está prevista para o Festival Recria – Fazendo Arte e Educação do Instituto Murialdo, no dia 16 de outubro.

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