segunda-feira, 19 de julho de 2010

SERRA TEM DOIS DESTAQUES

JORNAL O PIONEIRO

O Ministério da Educação divulgou as médias das escolas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizado no ano passado. Duas instituições privadas da região estão entre as cinco melhores colocadas no Estado. Conforme esses colégios, as práticas aplicadas para garantir o bom desempenho dos alunos vão além de seguir os conteúdos, uma vez que eles investem em metodologias diferenciadas

Caxias do Sul – O papel das escolas para a conquista de uma vaga na universidade poderá ser medido a partir de hoje. O Ministério da Educação (MEC) divulga oficialmente nesta segunda-feira como se saíram as instituições no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009, por meio da média da pontuação dos alunos. No Estado, duas escolas da região serrana, ambas privadas, ficaram entre as cinco melhores. Na 4ª posição do ranking gaúcho e em 1ª na Serra, o Colégio Mutirão, de Caxias, atingiu 685,14 pontos, entre a nota da prova objetiva e da redação. A média é baseada nas notas de 32 alunos da instituição que fizeram o Enem no ano passado, quando concluíram o ensino médio.

Luigi Gianni, 17 anos, passou em 6º lugar no concorrido vestibular para Engenharia de Produção Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis. O cursinho pré-vestibular oferecido pelo Mutirão no período inverso às aulas do 3º ano é apontado por ele como um fator responsável pelo feito. Para o aluno, o resultado vem de um trabalho pedagógico iniciado desde pequeno, já que Gianni sempre estudou no Mutirão.

– Mais importante do que a estrutura do colégio são os professores, porque são eles os responsáveis por repassar o conhecimento – avalia.

A escola disponibiliza até dois docentes por disciplinas no ensino médio. A ex-colega de Gianni, Sabrina Franzen Costa, 18, também estudou desde a educação infantil no colégio. Passou em 1º lugar no vestibular de Fisioterapia da Universidade de Caxias do Sul (UCS), onde estuda, e em 2º no da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG). Atribui o resultado ao relacionamento em sala de aula.

– A gente sempre teve um contato muito próximo com os professores. Não era só a matéria que era passada, havia abertura para falar sobre todos os assuntos – ressalta.

Como todas as instituições de ensino médio, a preocupação em preparar o aluno para os vestibulares é constante, mas não se restringe a isso. A vivência escolar é também um ensaio para outros testes da vida. A semana de provas realizada ao fim dos bimestres é um exemplo.

– Existe disciplina, mas sem cobrança. Não adianta só pregar a importância de formar cidadãos críticos, nós damos espaço para isso – explica a coordenadora pedagógica do Mutirão, Viviane Petteffi.

Sexta-feira, havia três professores na sala da 8ª série, uma rotina na escola, para ensinar sobre a 2ª Guerra.

– Assim, o aluno não vai pensar só em História. Vai fazer relações com outras disciplinas, por isso colocamos um professor de Geografia para falar sobre o cenário da guerra e um de Física para falar sobre a bomba atômica – explica a professora de História, Joseane dos Reis.

Com cobertores e pantufas, como se estivessem em casa, os alunos se concentravam.

– É preciso ter criatividade para se comunicar com essa geração – define a diretora Fabrícia Bisol Finco.

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