terça-feira, 24 de agosto de 2010

SOS abrigos de ônibus

JORNAL O PIONEIRO

Cerca de 30 paradas de ônibus estão danificadas em Caxias do Sul

Caxias do Sul – Quando perdem a função de abrigar e se tornam meramente decorativas, é sinal de que há tempo as paradas de ônibus esperam por manutenção. A própria prefeitura admite que há dezenas de pontos em péssimas condições: cerca de 30 paradas, estima Rogério Garcia, diretor de sinalização viária da Secretaria Municipal do Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM).

Conforme o diretor de transportes, Osvaldo Della Giustina, há 41 pontos nas estações principais e secundárias de Caxias com estrutura semelhante às paradas mais conhecidas, do Ópera e da Catedral. Outros 2,5 mil abrigos convencionais estão espalhados pela cidade. Comparado ao número total de paradas, a quantidade de problemas é pequena. O que assusta é a frequência e a intensidade dos estragos.

Somente na última quinzena, dois pontos de ônibus foram danificados. Um deles fica em região movimentada, em Lourdes. Em plena Avenida Júlio de Castilhos, em frente ao Arquivo Histórico Municipal, só sobraram os bancos. A parada foi destruída no dia 12 de agosto, conforme flagrou, com uma câmera, um publicitário que trabalha nas imediações.

– Cheguei de manhã para trabalhar e ela já estava torta. Um caminhão acabou danificando mais ainda. Ela ficou dois dias com fita de isolamento e as pessoas corriam risco, porque iam no meio da rua fazer sinal para o ônibus parar – relata Juliano Eberhardt, 20 anos.

Outra parada, na Rota do Sol, em frente à Codeca, foi entortada a tal ponto que os passageiros tinham de esperar o ônibus sem abrigo algum.

– Não sei o que aconteceu, mas vento não ia fazer isso. Se chover, temos que ficar agachados para não nos molharmos – queixa-se a balconista Daiane Santos, 29, que viu a parada danificada pela primeira vez na semana retrasada.

Na última quarta-feira, nem ficar agachado resolvia: toda a cobertura simplesmente sumiu.

A maioria dos danos é causada por acidentes de trânsito, acredita o diretor de sinalização da SMTTM.

– Os próprios ônibus da Visate têm batido bastante nos abrigos – reconhece Garcia.

Atos de vandalismo também são registrados. Mas é o tempo um dos principais fatores que contribuem para a deterioração das paradas, tanto o climático quando o cronológico. Temporais e vendavais capazes de prejudicar uma parada são mais raros. É mais comum aparecer postes corroídos e goteiras no telhado. O dirigente calcula que 10% dos abrigos são antigos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário