JORNAL O PIONEIRO
Para atender à demanda de Caxias e região, é preciso oferecer pelo menos mais 30 leitos
Caxias do Sul – A falta de leitos de UTI para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é um problema antigo que, a cada dia, ganha contornos mais dramáticos. Para atender adequadamente a população de Caxias e região seria necessário aumentar a capacidade em 150%, providência que depende de investimento público.
Desde o início do ano, os dois hospitais da cidade que oferecem vagas pelo SUS têm filas diárias de até cinco pacientes. A espera por uma vaga dura em média quatro dias. Em junho, o Pioneiro mostrou uma situação praticamente idêntica à atual. Para contornar a deficiência de estrutura, tanto o Hospital Pompéia como o Hospital Geral (HG) têm atendido casos graves instalando equipamentos de UTI’s em salas de recuperação e prontos-socorros.
– O paciente tem a assistência de urgência mas, sem estar no ambiente adequado, está mais exposto a riscos, como de infecção. Estamos fazendo tudo o que é possível pelos pacientes, mas a situação só vai melhorar quando houver uma oferta maior de vagas – admite Walter Henrique Beck, superintendente operacional do Hospital Pompéia.
O Pompéia e o HG contam com 10 vagas de UTI adulta cada. O problema é que esses 20 leitos têm de atender à demanda não só dos pacientes caxienses, mas de toda a região. Desde fevereiro, o controle das internações em UTI é feito por um sistema regulador administrado pela Secretaria Municipal da Saúde de Caxias. Quando o paciente precisa de um leito, é cadastrado em uma fila única. De acordo com a disponibilidade de vagas, e a gravidade, ele pode, por exemplo, estar internado em um hospital e ser transferido para a UTI de outro.
O novo serviço foi criado para agilizar o atendimento, mas ainda está em fase de adaptação, segundo a secretária da Saúde, Maria do Rosário Antoniazzi. O problema é que a deficiência de leitos é tamanha que prejudica não só pacientes graves, mas também quem precisa de vaga em UTI como retaguarda para cirurgias eletivas.
– Muitas cirurgias acabam tendo a data remarcada quatro, cinco vezes. Isso gera muito estresse para o paciente e a família, mas não temos o que fazer – lamenta Beck.
– A falta de leitos de UTI amarra muitos processos. Quando um paciente em regime de UTI está na sala de recuperação ou pronto-socorro, ocupa um leito que talvez precisasse ser ocupado por outro. A estrutura do hospital não cresceu junto com a demanda da região – destaca Raul Balbinot, diretor técnico do HG.
Solução – Com base em um levantamento técnico da Secretaria Municipal da Saúde, a solução dessa situação caótica nos hospitais está na construção de 30 leitos de UTI, somando-se aos 20 atuais, além de mais 160 leitos para internação clínica.
– A questão hospitalar é mais séria do que se possa avaliar. A espera por leitos, o adiamento de cirurgias, tudo gera muito desconforto. Estamos batalhando para que as emendas parlamentares gaúchas sejam destinadas à saúde. Precisamos qualificar os dois hospitais de Caxias, referência para mais de 1 milhão de habitantes. Mas, imagine, se nem uma Unidade Básica de Saúde (UBS) se constrói a curto prazo, novas UTIs não serão do dia para a noite – ressalta Maria do Rosário.
Expansão – Os dois hospitais possuem projetos de expansão que contemplam justamente mais 30 leitos de UTI (leia mais no quadro), mas ainda dependem de aprovação de financiamento e garantia de recursos públicos. Os projetos, previstos para serem executados em dois anos, solucionariam o problema que hoje afeta tanta gente.
Para atender à demanda de Caxias e região, é preciso oferecer pelo menos mais 30 leitos
Caxias do Sul – A falta de leitos de UTI para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é um problema antigo que, a cada dia, ganha contornos mais dramáticos. Para atender adequadamente a população de Caxias e região seria necessário aumentar a capacidade em 150%, providência que depende de investimento público.
Desde o início do ano, os dois hospitais da cidade que oferecem vagas pelo SUS têm filas diárias de até cinco pacientes. A espera por uma vaga dura em média quatro dias. Em junho, o Pioneiro mostrou uma situação praticamente idêntica à atual. Para contornar a deficiência de estrutura, tanto o Hospital Pompéia como o Hospital Geral (HG) têm atendido casos graves instalando equipamentos de UTI’s em salas de recuperação e prontos-socorros.
– O paciente tem a assistência de urgência mas, sem estar no ambiente adequado, está mais exposto a riscos, como de infecção. Estamos fazendo tudo o que é possível pelos pacientes, mas a situação só vai melhorar quando houver uma oferta maior de vagas – admite Walter Henrique Beck, superintendente operacional do Hospital Pompéia.
O Pompéia e o HG contam com 10 vagas de UTI adulta cada. O problema é que esses 20 leitos têm de atender à demanda não só dos pacientes caxienses, mas de toda a região. Desde fevereiro, o controle das internações em UTI é feito por um sistema regulador administrado pela Secretaria Municipal da Saúde de Caxias. Quando o paciente precisa de um leito, é cadastrado em uma fila única. De acordo com a disponibilidade de vagas, e a gravidade, ele pode, por exemplo, estar internado em um hospital e ser transferido para a UTI de outro.
O novo serviço foi criado para agilizar o atendimento, mas ainda está em fase de adaptação, segundo a secretária da Saúde, Maria do Rosário Antoniazzi. O problema é que a deficiência de leitos é tamanha que prejudica não só pacientes graves, mas também quem precisa de vaga em UTI como retaguarda para cirurgias eletivas.
– Muitas cirurgias acabam tendo a data remarcada quatro, cinco vezes. Isso gera muito estresse para o paciente e a família, mas não temos o que fazer – lamenta Beck.
– A falta de leitos de UTI amarra muitos processos. Quando um paciente em regime de UTI está na sala de recuperação ou pronto-socorro, ocupa um leito que talvez precisasse ser ocupado por outro. A estrutura do hospital não cresceu junto com a demanda da região – destaca Raul Balbinot, diretor técnico do HG.
Solução – Com base em um levantamento técnico da Secretaria Municipal da Saúde, a solução dessa situação caótica nos hospitais está na construção de 30 leitos de UTI, somando-se aos 20 atuais, além de mais 160 leitos para internação clínica.
– A questão hospitalar é mais séria do que se possa avaliar. A espera por leitos, o adiamento de cirurgias, tudo gera muito desconforto. Estamos batalhando para que as emendas parlamentares gaúchas sejam destinadas à saúde. Precisamos qualificar os dois hospitais de Caxias, referência para mais de 1 milhão de habitantes. Mas, imagine, se nem uma Unidade Básica de Saúde (UBS) se constrói a curto prazo, novas UTIs não serão do dia para a noite – ressalta Maria do Rosário.
Expansão – Os dois hospitais possuem projetos de expansão que contemplam justamente mais 30 leitos de UTI (leia mais no quadro), mas ainda dependem de aprovação de financiamento e garantia de recursos públicos. Os projetos, previstos para serem executados em dois anos, solucionariam o problema que hoje afeta tanta gente.
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