Maus tratos, abandono e dependência química dos pais são os principais motivos para a retirada de crianças e adolescentes de seus lares e o encaminhamento aos abrigos. Em Caxias do Sul, 93 crianças e adolescentes ocupam parte das 122 vagas existentes na cidade.Segundo a presidente da Fundação de Assistência Social (FAS), Maria de Lurdes Grison, Caxias deve ganhar um nova casa de acolhimento em breve.
“Um novo abrigo junto ao Centro Assistencial Portal da Luz (no bairro Marechal Floriano) será aberto até o final do ano. A casa deverá ter oito vagas e receberá, principalmente, grupos de irmãos. O projeto já foi aprovado e os recursos serão repassados”, anuncia Maria de Lurdes.
A empresa Randon financiará a obra, através de um repasse ao Fundo da Criança e do Adolescente, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica). O novo abrigo funcionará sob os cuidados de um pai e uma mãe social.
Algumas das casas assistenciais existentes trabalham próximo ao limite operacional, de acordo com levantamento d’O CAXIENSE. A Casa-Família Murialdo tem apenas uma de suas 12 vagas remanescente. A situação se repete na Casa Abrigo Estrela Guia, que tem 15 abrigados. A Casa-Família Caminhos da Esperança poderia receber mais três ocupantes até atingir o limite de 20 pessoas. O índice de ocupação é diferente nos abrigos Sol Nascente (30 vagas, 22 ocupadas), Casa de Passagem Novos Horizontes (26 vagas, 15 ocupadas) e Recanto Amigo (18 vagas, 13 ocupadas). Entre janeiro e julho deste ano, a Vara da Infância e Juventude do Ministério Público de Caxias do Sul já solicitou 39 novos acolhimentos.
O coordenador do abrigo Caminhos da Esperança, Vitorino Stringari, explica que, apesar da ajuda dos recursos da prefeitura, a casa de acolhimento necessita de doações para atender as 17 crianças e adolescentes no local. A casa tem hoje três vagas remanescentes. O perfil dos menores é diversificado, e o trabalho exige muita dedicação.
“Temos hoje abrigados entre um e 17 anos”, conta Vitorino.
Segundo a promotora Adriana Chesani, o encaminhamento a abrigos é feito somente se nenhum membro da família puder abrigar a criança ou o adolescente, e se medidas sociais do Conselho Tutelar não tiverem resultado.
“Tentamos sempre manter as crianças com suas famílias, incluindo os pais em programas sociais ou em tratamento contra o alcoolismo e a drogadição, porque colocar esses menores em abrigos é psicologicamente prejudicial para eles. Muitas vezes, a criança acha que o afastamento da família é culpa dela. Em geral, se sente culpada por apanhar e interpreta o acolhimento como um castigo”, explica Adriana.
A promotora nota um aumento do abrigamento de crianças recém-nascidas, já que há muitos casos de mães que abandonam seus bebês no hospital.
“Na Casa-Família Murialdo, existem cerca de 11 bebês. As mães geralmente são usuárias de drogas pesadas, especialmente o crack. Com o monitoramento do pré-natal, se a mãe expõe o desejo de abandonar a criança, assim que o bebê nascer podemos encaminhá-lo para uma família por até 120 dias para, então, dar continuidade ao processo da adoção.”
“Um novo abrigo junto ao Centro Assistencial Portal da Luz (no bairro Marechal Floriano) será aberto até o final do ano. A casa deverá ter oito vagas e receberá, principalmente, grupos de irmãos. O projeto já foi aprovado e os recursos serão repassados”, anuncia Maria de Lurdes.
A empresa Randon financiará a obra, através de um repasse ao Fundo da Criança e do Adolescente, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica). O novo abrigo funcionará sob os cuidados de um pai e uma mãe social.
Algumas das casas assistenciais existentes trabalham próximo ao limite operacional, de acordo com levantamento d’O CAXIENSE. A Casa-Família Murialdo tem apenas uma de suas 12 vagas remanescente. A situação se repete na Casa Abrigo Estrela Guia, que tem 15 abrigados. A Casa-Família Caminhos da Esperança poderia receber mais três ocupantes até atingir o limite de 20 pessoas. O índice de ocupação é diferente nos abrigos Sol Nascente (30 vagas, 22 ocupadas), Casa de Passagem Novos Horizontes (26 vagas, 15 ocupadas) e Recanto Amigo (18 vagas, 13 ocupadas). Entre janeiro e julho deste ano, a Vara da Infância e Juventude do Ministério Público de Caxias do Sul já solicitou 39 novos acolhimentos.
O coordenador do abrigo Caminhos da Esperança, Vitorino Stringari, explica que, apesar da ajuda dos recursos da prefeitura, a casa de acolhimento necessita de doações para atender as 17 crianças e adolescentes no local. A casa tem hoje três vagas remanescentes. O perfil dos menores é diversificado, e o trabalho exige muita dedicação.
“Temos hoje abrigados entre um e 17 anos”, conta Vitorino.
Segundo a promotora Adriana Chesani, o encaminhamento a abrigos é feito somente se nenhum membro da família puder abrigar a criança ou o adolescente, e se medidas sociais do Conselho Tutelar não tiverem resultado.
“Tentamos sempre manter as crianças com suas famílias, incluindo os pais em programas sociais ou em tratamento contra o alcoolismo e a drogadição, porque colocar esses menores em abrigos é psicologicamente prejudicial para eles. Muitas vezes, a criança acha que o afastamento da família é culpa dela. Em geral, se sente culpada por apanhar e interpreta o acolhimento como um castigo”, explica Adriana.
A promotora nota um aumento do abrigamento de crianças recém-nascidas, já que há muitos casos de mães que abandonam seus bebês no hospital.
“Na Casa-Família Murialdo, existem cerca de 11 bebês. As mães geralmente são usuárias de drogas pesadas, especialmente o crack. Com o monitoramento do pré-natal, se a mãe expõe o desejo de abandonar a criança, assim que o bebê nascer podemos encaminhá-lo para uma família por até 120 dias para, então, dar continuidade ao processo da adoção.”
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