GAZETA DE CAIXAS
Caxias do Sul é uma cidade exemplo de preservação ambiental. Nem todos concordam com esta afirmação, mas a manutenção de parques e os projetos de educação ambiental reforçam o importante papel da cidade na construção de um futuro mais verde.
Em uma manhã gelada de outono, nove e meia da manhã, 8ºC e havia cinco pessoas praticando exercícios no Parque Cinquentenário. Em plena Semana do Meio Ambiente, não há temperatura que o caxiense não desafie para valorizar os Parques e Praças da Cidade. A educação ambiental e a consciência ecológica estão muito presentes na população caxiense, mas ainda podem melhorar muito.
Área Central
Só na área central da cidade são quase 13 hectares de área verde, considerando apenas o Parque dos Macaquinhos e o Cinquentenário. Além desses dois parques ainda há o Parque de Exposição Dr. Mario Bernardino Ramos, mais conhecido como Pavilhões da Festa da Uva, o Parque da Lagoa no Desvio Rizzo, o Parque Dr. Celeste Gobatto no Bairro Interlagos e o Jardim Botânico que fica junto à Represa São Paulo, na Bacia Hidrográfica do Arroio Dal Bó.
Para a funcionaria da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer – SMEL, Débora, “Os parque são de extrema importância para quem vive na correria em meio a uma cidade que é tão industrializada”. Débora auxilia as pessoas que praticam exercícios físicos na AMEI – Academia da Melhor Idade no Parque Cinquentenário.
Quatro mil pessoas
As AMEI dispostas pela cidade atendem mais de quatro mil pessoas por mês. “No inverno diminui o número de pessoas, mas sempre tem quem venha tomar chimarrão no fim da tarde, passear com os filhos, casais de namorados, e, claro, os idosos que vêm até aqui fazer exercícios”, disse Débora.
Uma Opção de Vida
Para a moradora de Florianópolis, Shirlei, que está em Caxias há 3 anos, a atividade física é uma opção de vida. Ela nem ao menos parou de caminhar para nos dar entrevista, pois caso parasse o corpo esfriava. Segundo Shirlei, “a atividade física ajuda o corpo nos dois sentidos, tanto fisicamente quando intelectualmente”.
Ar puro
E ela reforça a importância da existência dos parques: “Aqui a gente respira um ar puro, mesmo que tenham carros passando ao redor, é melhor do que caminhar na rua”. Ela faz academia há três anos, e começou a caminhar nos parque há cinco meses, para Shirlei “deve-se cada vez mais valorizar espaços como esses”.
Lixo em Caxias
Hoje são recolhidos aproximadamente 50 caminhões de coleta por dia, o que gera nos Aterros e Associações de Recicladores uma produção de 340 toneladas de lixo diária. O novo Aterro na localidade de Vila Seca, a Central de Tratamento de Resíduos Rincão das Flores será equipado com alta tecnologia para transformar o lixo em energia elétrica e adubo.
ETA
Segundo o Geólogo, Nério Susin, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente – SEMMA, “estamos encerrando os estudos do ETA – Estação de Tratamento de Afluentes, esse projeto vai demorar um ano para ficar completo. Depois de pronto ele transformará o gás metano em energia elétrica”. De todo o lixo produzido em Caxias, 20% irão para associações de recicladores, 30% serão aterrados e 50% serão reaproveitados na produção de energia e adubo.
Projetos de Preservação
Atualmente existem três Projetos de Educação Ambiental realizados pela Codeca. O primeiro é o ‘Projeto Reciclar na Escola’ que ensina as crianças a maneira correta de separar o lixo orgânico do seletivo, ele atende 89 escolas e 37 mil estudantes. O outro é o ‘Caminhos do Lixo’, que é uma visita guiada pelos principais pontos que trabalham com o lixo em Caxias, começa na Codeca, uma Associação de Recicladores, o Aterro de São Giácomo e termina no Museu do Lixo nos Pavilhões da Festa da Uva.
Óleo de Cozinha
E o terceiro projeto é o ‘Óleo de Cozinha’, que visa conscientizar a população sobre a importância em dar um fim correto ao óleo de cozinha. A maioria das pessoas larga o óleo na pia, o que acaba danificando a instalação hidráulica e poluindo a água. Um litro de óleo é capaz de poluir um milhão de litros de água. O custo de tratamento desta água poluída corresponde a 20% do que é gasto com tratamento de esgoto.
Gabriel Rodrigues
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